O universo da Cabalá compreende muitas áreas do conhecimento e da experimentação. Trata-se de uma tradição milenar, enriquecida em cada geração pela inspiração de mestres e pensadores. Tais personalidades, apresentaram desde formas sistemáticas para se alcançar graus elevados de consciência, até teorias e filosofias bem articuladas sobre o mundo espiritual e seus níveis.
Entre as escola de Cabalá da atualidade, essas áreas estão organizadas em disciplinas e são apresentadas em módulos. Hoje, três importantes disciplinas estão nas grades do ensino cabalista, como Meditação, Árvore da Vida e Astrologia Cabalística, sendo a última, a única que convida o aprendiz à ler os sinais revelados mensalmente no antigo calendário judaico. A astrologia dos cabalistas, compreende tanto a leitura das sintonias vigentes, quanto à forma apropriada de conectar-se com elas.
Muitos dos segredos dessa antiga astrologia foram revelados há mais de 3.000 anos atrás no “Livro da Formação” (Sêfer Yetzirá), cuja autoria a tradição atribui ao Abraão bíblico. De acordo com esse tratado místico, Deus utilizou as vinte e duas letras hebraicas para formar todo o universo. Logo, tudo o que nos cerca, possui as características dessa “matéria-prima da Criação”, ou seja, desse conjunto de “letras”. Com as constelações não é diferente. Cada um dos doze signos que conhecemos, também possui correspondência com o alfabeto semítico.
A energia de uma constelação influencia um mês cabalista inteiro, que varia entre vinte e nove e trinta dias. O mês ainda conta com um astro regente, que junto da constelação, determina o ensinamento contido naquele período mensal. São sete astros regentes que se alternam no comando dos doze meses.
Resumindo, cada mês cabalista é regido por duas letras hebraicas: uma delas simbolizando uma constelação e a outra simbolizando um astro. .
Pablo Zahav