Palestra cabalista sobre mês regido por Libra marca início de novo ano no calendário judaico

Por Flávio Amaral
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Por um lado, tudo que é novo causa apreensão, uma hesitação, guarda um mistério. Por outra perspectiva, a iminência do que está para começar ou acontecer exige prontidão e, de certa forma, uma preparação. É assim a cada passagem de ano. Mesmo em meio a festividades e celebrações com a família e amigos, todos possuem um momento, por menor que seja, de introspecção. Todos nós paramos por, ao menos, alguns segundos, e mentalizamos tudo que desejamos para o novo ciclo que está para começar.

Se, para o Ocidente, as últimas horas de dezembro guardam esse momento simbólico para muitos, na tradição judaica, a passagem de Elul - regido pelo signo de Virgem - para Tshrei - sob a regência de Libra - compreende o início de um novo ano. Esse momento de uma atmosfera única, denominado Rosh Hashaná na tradição cabalista, é sempre regado a muita celebração.

Assim como no mês de janeiro para nós, a energia predominante em Tshrei remete a início, conforme aponta a origem etimológica da palavra, do acadiano Tashritu ("início"). Dessa forma, o mês regido não apenas pelo signo de Libra, mas também pelo planeta Vênus, é um período favorável ao início de novos projetos, novas empreitadas, enfim, favorece o começo de algo novo.

A tendência energética desse mês também possui correlação com a simbologia do signo regente. Assim como Libra é representado por uma balança, Tshirei aponta um momento favorável ao equilíbrio, à diplomacia e à justiça. Esse equilíbrio diz respeito também à harmonização do caminhante, visto que o mês indica também uma boa oportunidade de busca pela elevação espiritual. Assim, o equilíbrio ao qual a energia remete vale tanto para a prudência nos pensamentos, sentimentos, palavras e ações como o equilíbrio dos diversos corpos pelos quais somos formados.