O Zodíaco do Equívoco: tirando as dúvidas quanto aos boatos sobre mudanças na Astrologia

Por Glória Britho

Gente, vamos acabar de uma vez por todas com essa estória?

É claro que um planeta tão antigo, que tem o Sol como o seu centro, teria mesmo que mudar nesses milhões de anos a sua posição em relação às constelações. O cinturão solar pode ter até mais que catorze constelações visíveis, não sei. Meu interesse por Astronomia é incipiente.

Além das mudanças naturais no eixo terrestre, não vamos esquecer que, a cada explosão atômica, iniciada pelos americanos na Segunda Guerra Mundial, quando arrasaram Hiroshima, Nagasaki e seus moradores, o homem só tem desenvolvido seus brinquedinhos, e a famosa Bomba H hoje não faz nem cócegas perto das que já andam por ai.

Só que esse não é o nosso assunto. Estamos falando aqui de Astrologia - Signos do Zodíaco. O que vocês têm lido nada tem a ver com o Zodíaco que foi convencionado desde a Antiguidade grega.

A diferença das datas entre a Astronomia e a Astrologia vem do fato de esta última não levar em consideração o movimento de precessão da Terra, que altera a posição das constelações ao longo do tempo e muda significativamente a posição delas depois de centenas ou milhares de anos, em função do movimento do eixo terrestre. Esse movimento de precessão do eixo da Terra se completa a cada 26 mil anos, aproximadamente.

Além disso, as constelações não são “reais” no céu, são imagens aparentes, observadas do nosso ponto de vista, a Terra, e interpretadas. Cada povo ou civilização, ligando os pontos luminosos (as estrelas) ou através dos espaços escuros entre eles, projetou imagens de objetos e seres ligados à própria cultura.

Ao longo de milhares de anos, com o movimento das estrelas na galáxia, as constelações deixarão de existir como criação do inconsciente coletivo da época, e outras novas surgirão para as civilizações futuras. E por fim, a Astrologia também não considera outra constelação por onde atualmente o Sol passa em seu percurso anual no céu da Terra: Ofiúco (ou Serpentário).

Sim, a região do Zodíaco no céu, por onde passa a eclíptica é formada na verdade por 13 constelações e não 12, como afirma a Astrologia. Aliás, em 1970, surgiu até a hipótese de que haveria uma décima quarta – Cetus – A Baleia, hipótese defendida por Stephen Schmidt, em seu livro Astrologia 14, que teve brevíssima existência e foi rapidamente recolhido às prateleiras do esquecimento. Contudo, a Astronomia considera, apenas por tradição histórica, que o Zodíaco é formado por 12 constelações.

Para os astrólogos, que consideram um céu fictício, isso facilita a divisão dos 360 graus da esfera celeste, resultando em convenientes 30 graus para cada constelação. Para a Astronomia, as constelações servem apenas para dar nome às regiões do céu, da esfera celeste. Gente, para os astrônomos, só existem de fato a força gravitacional e a força eletromagnética (radiação), que são reais e mensuráveis, mas não há nenhuma força ou interferência mágica ou mística agindo sobre as pessoas ou definindo seus destinos.

Em contrapartida, para os astrólogos e grandes sábios do Oriente, Egito, xamãs da Sibéria e da América, há energias muito mais poderosas das quais originam as forças eletromagnéticas, gravitacionais etc. e que, apesar de não determinar - pois se há consciência há livre arbítrio -, influenciam sim a Terra e seus seres. Estamos falando de linguagem simbólica, arquétipos da humanidade!

Acho que consegui traduzir esse imbróglio que vira e mexe surge nos jornais. Ainda vou perguntar às minhas colegas se isso corresponde mesmo à atividade de Mercúrio retrógrado, fazendo das suas nesse momento, nesse Céu de meus deuses.

Fiquem tranquilos. Os seus signos são, ao menos nos próximos milhares de anos, os mesmos.

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