Comércio na Espiritualidade

15/07/2014 14:41

Comércio na Espiritualidade
 
Há um comércio na espiritualidade, isso é um fato. Diariamente, desenvolve-se uma profusão de produtos e artefatos, que supostamente suprem a necessidade humana de aproximar-se de uma crença através de um objeto. Observamos no meio cabalístico, bijouterias com inscrições de nomes divinos, lãs vermelhas, talismãs, etc. Até mesmo "águas abençoadas" são vendidas. Percebo que o essencial parece distante para muitas pessoas que se deparam com esses produtos e torcem o nariz. E, de fato, muitas "necessidades" que o homem de hoje cria como requisito para uma crença fiel e completa, está bem longe do que é ESSENCIAL. Não vou analisar o que considero essencial ou não dentre esses produtos mencionados, mas, sinto que é de maior importância pensar sobre o essencial. Ele não precisa ser rústico pra me convencer. 
Um índio, por exemplo, comercializa seu artesanato. Nunca vi ninguém condená-lo por expressar a sua cultura, sua tradição, por fazer um produto visando sua subsistência. Ainda que não tenha sido feito no computador ou através de um processo industrial, ele ainda idealiza ganhar dinheiro com sua arte. Isso me soa honesto, justo. Percebo que, uma vez que o produto ganha atenção desmedida, e a nossa inclinação consumista assume o controle de nossas ações, logo, o essencial se distancia. Agora, quando o produto se torna uma oportunidade de mergulho mais profundo no pensamento de uma cultura, considero extremamente válido. Um aluno me disse: "Tive contato com um talismã cabalístico numa loja. Não conhecia e nunca tive a intenção de conhecer a Cabalá, mas quando me deparei com aquelas letras hebraicas feitas com tanta beleza, senti que por trás daquilo havia um mundo à descobrir". E ele vem descobrindo.
 
Força, Cura e Inspiração,
 
Pablo Zahav

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