Projeto oferece cesta de café da manhã a moradores de rua

Por Luciana Lino

Colaboradora da Aglae

 

“Fazer o bem sem olhar a quem”. A expressão remete ao reconhecimento do lado humanitário das pessoas e à capacidade de doação ao próximo sem esperar algo em troca. Mantendo o significado dessa frase, por que não pararmos para, literalmente, olhar a quem ajudamos e refletir sobre como o fazemos?

 

Foi o caso da publicitária Eduarda Monteiro. Em setembro, ela criou o projeto “Dois Pães e Um Pingado”, que oferece café da manhã para pessoas que vivem em situação de rua na no Cinelândia, centro do Rio. Com a ajuda de amigos, o grupo distribui cerca de 200 kits por semana, todas as sextas-feiras. Eduarda conta que a ideia do projeto ocorreu de forma inusitada.

 

– O projeto surgiu quando, por um erro de calculo, cozinhei umas 40 quentinhas para almoçar em uma semana. Eu amo cozinhar, mas não tenho a menor noção de quantidade. Então, passei a dar uma quentinha por dia na Cinelândia e vi o quanto os moradores de rua ficavam felizes com uma pequena ação. Prometi a mim mesma que criaria um projeto que desse algum tipo de apoio a eles.

 

Ao comentar a ideia com amigos próximos, o grupo colocou, rapidamente, a proposta em prática. Ao pedirem doações de alimentos na internet e em grupos de WhatsApp, além de se dividirem na doação, os voluntários distribuíram 30 kits em sua primeira semana. O kit conta com um sanduíche de queijo e margarina, um pedaço de bolo, rosquinhas e uma banana, além de três opções de bebida: café, café com leite e suco. Eduarda conta que, desde o início, foi muito bem recebida pelos moradores de rua.

 

– Antes de começar o projeto, eu passava na Cinelândia e perguntava a opinião deles sobre a ideia e eles amaram. Desde então, nós temos muito carinho um pelo outro. Se alguns deles chegam lá drogados ou sob efeito de álcool, gritam com a gente ou "fazem malcriação", os outros botam moral e nos defendem. Eles gostam porque sabemos os nomes deles e os tratamos de igual para igual – diz.

 

Tamanha convivência aproximou ambos os grupos, que compartilham experiências e histórias. Alguns dos assistidos se tornaram mais próximos dos integrantes do projeto.

 

– Temos dois xodós: Seu Osmar e Érica (que chamamos carinhosamente de Ibiza). Seu Osmar é um senhorzinho muito simpático com problemas de saúde, a quem tentamos ajudá-lo de todas as formas. Ele está sempre de bem com a vida. A Érica é uma jovem que sonha em ser defensora pública e voltou para a escola depois de conversar com os nossos voluntários – diz Eduarda, orgulhosa.

 

Inicialmente, a iniciativa procura se manter focada na Cinelândia, com o fim de fortalecê-la de outras formas.

 

– Queremos dar um viés menos assistencialista e mais empoderador. Queremos dar autonomia à eles, capacitá-los e auxiliá-los para que ganhem seu próprio dinheiro e busquem uma vida melhor – finaliza Eduarda.

 

Para conhecer melhor o “Dois Pães e um Pingado”, visite sua página no Facebook: https://www.facebook.com/doispaeseumpingado/

 

Confira outras fotos da ação:

Créditos das fotos: Reprodução/Facebook

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