A Morte do Yogi

Muito se fala a respeito de uma "Vida de Yoga", condutas éticas, morais, manter-se alinhado ao Dharma, etc. Mas devemos pensar a respeito da Morte também. Não com a proposta clichê do desapego, e sim na conscientização a respeito da importância deste momento, e qual a postura a ser adotada.

Nos Vedas, aprendemos que onde pousamos a nossa consciência no momento da morte é o gancho para o que vamos vivenciar na próxima realidade.

No Capítuo 8 da Bhagavad Gita, Krishna fala a Arjuna:

"Pensando em determinado objeto [uma pessoa] abandona o corpo no momento da morte; esse mesmo [objeto], [ela] alcança ao manter o pensamento neste mesmo objeto" - Bhagavad Gita, Capítulo 8, verso 6.

 

Portanto, o Yogi fixa o pensamento em Brahman - O Livre de Limitação - e ele estará além da ignorância e terá encontrado o Ser Supremo.

Para tanto, no momento final [antakale], o Yogi dedica a sua última meditação a Brahman, a fim de alcançar esta natureza, através da mente que não se distrai [anyagamina].

Krishna também nos explica neste mesmo Livro, que isto não é algo difícil ou complexo de ser feito, pois não há como no momento da morte, o indivíduo fixar o pensamento em algo que não se dedicou em vida. Naturalmente, nesta hora, o pensamento irá para o que foi o seu propósito mais importante na vida.

A disciplina Yogi, desenvolve neste uma força [yogabalena] necessária para que ele se entregue em concentração total no momento de abandonar o corpo, fixando o prana entre as sobrancelhas. 

Completamente inalterável meditante qualquer interferência dos sentidos, o yogi medita no "OM" [nome de Brahman] e seu corpo se une aos cinco elementos, o prana é fixado no topo da cabeça e o yogi realiza o que chamamos de Mahasamadhi: o último estado extático [samadhi], através do qual abandona o corpo.

Hari Om!

Carla Guedes.

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