A importância da terapia fonoaudiológica no tratamento da gagueira

Por Valéria do Nascimento
Fonoaudióloga e diretora da Aglae

A gagueira data de tempos antigos. Moisés, personagem bíblico, é descrito como “lento de fala e pesado de língua” (Êxodo 4, 10-13). Além dele, outros famosos como Winston Churchill e Charles  Darwin também eram gagos.

Essa patologia é caracterizada por interrupção da fluência verbal, com repetição ou prolongamentos, audíveis ou não, de sons e sílabas. Podem ocorrer o surgimento de movimentos associados na face e/ou membros.

Existem três tipos de gagueira. A primeira, fisiológica ou do desenvolvimento, pode surgir entre 2 e 5 anos de idade, sem dano cerebral aparente, e pode cessar espontaneamente.

Há também a gagueira adquirida ou neurogênica. Esta última, de incidência rara, ocorre após um traumatismo craniano, derrame ou hemorragia intracerebral.

Já a gagueira do desenvolvimento persistente é bastante comum, atingindo ambos os sexos em todas as classes sociais. As possíveis causas são genética, hereditária e comportamento aprendido. Há também fatores emocionais como medo, excitação, nervosismo e vergonha, que podem intensificar o quadro.

A realização da avaliação fonoaudiológica é fundamental para que se tenha o diagnóstico preciso quanto ao tipo de gagueira apresentada e o prognóstico sobre o quadro evolutivo à medida que se desenvolve a terapia. É importante ressaltar que o tratamento da gagueira deve ser iniciado o quanto antes, porém, os adultos também devem procurar pela terapia.

Este artigo foi publicado na seção Para você se expressar melhor, na quinta edição do jornal Aglae com Você, válida pelos meses de setembro e outubro de 2016.

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